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Um novo desafio para idosos e mais jovens

Órgãos oficiais brasileiros informam que sessenta e três mil pessoas com mais de sessenta anos de idade residem em Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs. A julgar pelo que vem acontecendo em outros países, elas podem estar em grave risco de serem atingidas pela pandemia do Covid-19.

Parece ter contribuído para o elevado número de perdas de vida nos asilos, em território italiano, que (1) idosos, diagnosticados como casos menos graves da doença, fossem transferidos para essas instituições; (2) não ter-se reduzido devidamente o trânsito de familiares para visita. Serviram as duas situações para levar para dentro dos asilos e casas de repouso o agente causador da doença.

Nos EUA, o mesmo pode ter ocorrido devido ao contato com trabalhadores que não dispunham de equipamentos de proteção adequados. Na Bélgica, Canadá, França, Irlanda e Noruega mais de 50% do total de vítimas fatais seriam procedentes de asilos. Os exemplos são inúmeros e ocorrem em muitos outros países. Na Espanha, dados da imprensa apontaram 13.500 mortes relacionadas à Covid-19 nessas instituições de cuidado/residência de idosos.

O risco para os idosos em asilos, casas de repouso, casas geriátricas é real, portanto.

Como temos argumentado neste espaço, as pessoas dessa faixa etária tornaram possíveis as sociedades atuais, com suas comodidades e também inseguranças. E o fizeram enfrentando riscos próprios de seus tempos, muitas vezes nos anos de sua juventude ou na fase de adultos jovens. As dificuldades que enfrentaram não foram poucas. Aquelas pessoas construíram o seu futuro, que vem a ser as sociedades presentes.

E convenhamos que são muitas as maravilhas e oportunidades de que dispomos hoje! Também são grandes os desafios. Grandes realizações; também grandes riscos. Esse é um legado dos que hoje chamamos Terceira Idade aos dias atuais. Suas realizações nos incentivam e nos interrogam: qual a fronteira que vocês ultrapassarão? Que flagelo precisam vencer? O que ameaça sua liberdade? Os ensinamentos dos nossos idosos sugerem: não se acomodem.

Voltando à grave crise que nos pressiona: recentemente, nossa imprensa mencionou um especialista da Organização Mundial de Saúde, para quem as mortes, em sua magnitude, relacionadas à pandemia de idosos internados em asilos na Itália se assemelharam a um “massacre” – pelas razões apresentadas há pouco.

Podemos agora perguntar: seria a presente ameaça aos idosos residentes em ILPIs mais um desafio para o qual aquelas mesmas pessoas acima de sessenta anos deverão apresentar solução? Este talvez seja o grande desafio a ser enfrentado pelos mais jovens também: evitar que esse “massacre” possa ocorrer aqui.

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Publicado por comtudo50

Membro permanente de com tudo 50+

2 comentários em “Um novo desafio para idosos e mais jovens

  1. Para avaliar o que deve e pode ser feito são nescessarios mais infotmações sobre os óbitos – idade, sexo,condições de saude e causa mortis – e não só números totais. Que autoridade pode e deve levantar e fornecer ?

    Curtido por 1 pessoa

    1. Obrigado!, por essa troca. Certamente informações precisas e rápidas são importantíssimas para orientar a tomada de decisão do gestor, seja ele de uma instituição privada ou estatal. Neste caso significaria decidir-se sobre que medidas tomar para preservar a vida do idosos residentes em ILPIs. No Brasil a responsabilidade pela sistematização, qualidade e divulgação da informação é atribuição de órgãos de Estado (estruturas federal, estaduais e municipais) e, para tanto, temos bons sistemas de informação, como o SIM – Sistema de Informação de Mortalidade. Ocorre que a situação atual exige muita agilidade. Até que as ocorrências no país possam ser produzidas com detalhes, talvez devamos nos orientar, em algumas questões, pelo que já sabemos sobre outros países ou lugares, ou seja, por informações já disponíveis. Os familiares e amigos, e os próprios idosos internos, em conjunto com os gestores institucionais, podem apoiar medidas como racionalizar as visitas presenciais ou substituí-las por visitas em tempo real, mas não presencial, com intermediação de computadores ou celulares. Parece que isso tem sido usado por exemplo em presídios. Medidas também poderiam ser tomadas que restringissem a exposição dos funcionários e também da exposição dos idosos aos funcionários. As primeiras informações que nos chegam de outros países já podem nos ajudar a ir implementando correções de comportamentos aqui. A sociedade é sobre quem recairão as mortes, os sofrimentos e a alegria de superar a situação. É, portanto, seu o maior interesse em informar-se adequadamente, raciocinar e agir para se proteger e sensibilizar adequadamente os gestores.

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