Não é novidade, que o nosso hálito e a nossa saúde se conectam, não somente pelo cheiro, mas pelas partículas que exalamos. Os compostos orgânicos voláteis (VOCs) em inglês, que expelimos ao respirar, podem ser indicativos de doenças como: câncer, diabetes, cólera, colite e até da doença provocada pelo coronavírus, o problema está em como identificar cada um desses compostos específicos e associar aos sintomas, a partir do ar que respiramos.
Até hoje, os cientistas já identificaram mais de mil substâncias diferentes na respiração humana. Algumas indicam funcionamento anormal do corpo, como a metilamina, produzida em grandes quantidades quando ocorrem problemas no fígado ou nos rins; amônia, criada quando os rins não estão funcionando corretamente; ou níveis elevados de acetona, causados por diabetes. Pessoas com asma podem produzir muito óxido nítrico, exalado na respiração, enquanto fumantes produzem níveis elevados de monóxido de carbono.
Assim, sabendo que nosso hálito é uma fonte de informação riquíssima para estudo e prevenção de doenças que, muitas pesquisas nesse sentido estão sendo desenvolvidas.
Pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram um analisador de respiração a laser que pode ser capaz de ajudar médicos a detectar câncer, asma e outras doenças por meio do hálito do paciente.
Cientistas britânicos utilizam a tecnologia básica que está em uso há muitos anos pelas Forças Armadas na detecção de agentes químicos empregados com finalidade militar.
Pesquisadores israelenses utilizam nanotecnologia inteligente, ou seja, uma matriz de sensores baseada em nanomateriais, que pode detectar compostos orgânicos voláteis específicos em pouco tempo.

O objetivo dos pesquisadores ingleses é saber se os diferentes tipos de câncer que afetam o corpo humano deixam algum tipo de rastro químico que possa ser detectado na respiração humana. Já os pesquisadores israelenses, foram além, criaram um dispositivo altamente potente que pode identificar 17 doenças numa baforada só.
Como funciona o teste no caso do aparelho inglês?– A respiração da pessoa é exalada através de um sensor que ioniza os VOCs, fazendo-os ganhar uma carga elétrica. O resultado é uma “impressão digital” química, ou “biópsia respiratória”, obtida sem necessidade de se usar agentes químicos, agulhas ou reagentes.
Como funciona o teste no caso do aparelho americano?-O aparelho possui uma cavidade óptica, um espaço entre dois espelhos. Quando um laser é emitido neste espaço, o facho de luz é rebatido múltiplas vezes neste espaço, batendo contra todas as moléculas presentes no espaço, e através de um detector identifica as substâncias .
Entretanto, apesar de toda a tecnologia, não podemos fazer uso destes aparelhos como diagnóstico, porque é necessário que as informações fornecidas sejam confiáveis para serem usadas por médicos.
Porém, se usado com outros exames clínicos como de sangue e urina pode fornecer informações muito importantes ao diagnóstico.
Vamos a torcer para que os testes que estão sendo feitos, para comprovar a sua eficiência, sejam conclusivos porque é um exame NÃO INVASIVO, muito fácil de ser executado.
SE PUDER, FIQUE EM CASA.