As notícias dos últimos dias, ecoam como inverossímeis em pleno século XXI. Estou me referindo ao mito que tem se propagado contra as vacinas. Em plena pandemia, surgir um tema como esse, recorda outros tantos que de vez em quando surgem na nossa sociedade.
São várias as narrativas utilizadas para condenar ou negar a eficácia de algumas práticas que estão relacionadas com a saúde. Vamos a listar algumas:
- Antitranspirantes causam câncer: FALSO. Não há nenhuma comprovação científica nesse sentido.
- Açúcar demais dá diabetes. FALSO. O açúcar, todos nós sabemos que devemos consumir com moderação e, que ela aumenta a tendência para a obesidade, que este sim, é um fator de risco de diabetes.
- O estresse provoca úlcera: FALSO. Os médicos afirmam que quem produz úlceras estomacais são os analgésicos tipo AAS e ibuprofeno, além de infecção pela bactéria Helicobacter pylori. O que os especialistas alertam é à possibilidade de estresse piorar a úlcera existente (e ter uma úlcera pode provocar estresse), mas a ciência atual mostra que ele não é uma causa direta.
- Estalar os nós dos dedos provoca artrite: FALSO. A artrite reumatoide provoca principalmente dores, rigidez e cansaço nas articulações, bem como desgaste das cartilagens dos ossos. Estalar os dedos pode dar inchaço dos tecidos moles.
- Os idosos precisam de menos sono: FALSO. As pessoas idosas precisam dormir o mesmo número de horas que costumavam dormir, porém as dores, os medicamentos e as doenças crônicas alteram o tempo de sono.
Mas uma merece destaque
6. Vacinas provocam autismo, vacinas contém o vírus HIV, vacinas causam impotência: FALSO, FALSO, FALSO. A vacina é uma das maiores conquistas da ciência e nada foi provado contra ela, em nenhum caso. Ela estimula a produção de anticorpos, não provoca doenças.

O Dr. Drauzio Varela explica em um artigo como foi que surgiu a história sobre a vacina provocar autismo, foi assim: “ uma publicação na revista Lancet (um dos mais importantes periódicos sobre saúde do mundo) no ano de 1998, no qual o médico inglês Andrew Wakefield associou o aumento do número de crianças autistas com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubeóla e caxumba. Isso foi o suficiente para que pais assustados deixassem de vacinar os filhos. Entretanto, alguns anos depois, descobriu-se que o médico, na verdade, recebia pagamentos de advogados em processos por compensação de danos vacinais. A própria revista Lancet foi obrigada a se retratar, mas o estrago já estava feito”. E é desta forma como as notícias falsas se propagam.
Enquanto a vacina não vem, o jornal científico The Lancet, publicou uma pesquisa afirmando que a cada metro de distância que uma pessoa fica distante de outra infectada, o risco de disseminação do SARS-CoV-2 cai. O estudo em questão também mostrou que máscaras e proteções para os olhos reduzem os riscos de disseminação do vírus — as máscaras diminuem o risco de 17% para apenas 3%, e a proteção para os olhos mostrou uma redução de 16% para 6%.
Quando a vacina do SARS-Cov-2 sair vacine-se e ajude a saúde pública.
SE PUDER, FIQUE EM CASA.
Artigo objetivo e muito esclarecedor.
CurtirCurtir