De acordo com um estudo realizado em parceria pela Fiocruz, UFMG e Unicamp, 18% dos brasileiros estão bebendo mais desde o início da crise.
As medidas restritivas, implementadas pelos órgãos sanitários, não farmacológicas, tipo: distanciamento físico, evitar ocorrência de aglomerações, ficar em casa, se não precisa sair para trabalhar, ou ir ao médico; estão ocorrendo desde o início da pandemia. Assim sendo, bares, restaurantes, casas noturnas, clubes foram fechados. Com esses estabelecimentos fechados, muitas pessoas que frequentavam e, aquelas que tinham por hábito consumir álcool, agora o estão fazendo em suas casas.
As bebidas alcoólicas contêm como componente principal o álcool etílico ou etanol, essa substância, é estranha a nosso organismo, por isso ela é tratada como um xenobiótico (do grego xenos: estranho, compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológico), a maior parte quando ingerido é metabolizado no fígado pela ação de uma enzima. Essa enzima transforma o etanol em acetaldeído por oxidação e a mesma enzima oxida o acetaldeído até chegar no acetato. Quando o álcool cai na circulação ele pode provocar embriaguez. O etanol é um depressor do sistema nervoso central, as pessoas usam, porque numa primeira fase, parece relaxar quem o consome. É uma das principais causas de mortalidade evitável no mundo e responsável por 3 milhões de mortes a cada ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que não existe limite seguro para o consumo do álcool e que o dano à saúde aumenta com a quantidade consumida.
O isolamento potencializa e agrava várias doenças e hábitos, porém em época de pandemia essas medidas, não são somente necessárias, são as mais apropriadas para evitar a propagação do vírus.
Alguns cuidados que devemos ter se o consumo não pode ser evitado: não exagere, não misture bebidas diferentes, veja que no rótulo das garrafas consta as porcentagens de álcool de cada uma e elas variam muito, não beba sem ingerir algum alimento, beba bastante água.
Quais são as consequências do consumo excessivo do álcool? As consequências são na saúde do individuo e principalmente no comportamento.
Na saúde: redução dos reflexos; diferentes tipos de câncer: esôfago, faringe, fígado, vesícula biliar; hepatite; cirrose; gastrite; úlcera; desnutrição; problemas cardíacos e pressão arterial; nas mulheres em idade de procriar pode ocorrer má-formação do feto.
No comportamento: Não há controle da inibição. O humor fica alterado. A agressividade pode aumentar. Perda da memória. Perda da concentração.
Nosso objetivo é o bem-estar de todos, por isso consideramos que a informação é o melhor caminho.
Se puder. Fique em casa
