O que é moda? Os termos moda, estilo e identidade, são a mesma coisa? Idosos são público-alvo dos criadores de moda? Estas são algumas das perguntas que utilizaremos para discorrer sobre este tema tão presente no nosso dia a dia, tão antigo, que no referente a vestuário, remonta à época quando os seres humanos decidiram por cobrir o corpo.
Então, o que é moda? Moda é uma palavra que vem do lat: modus. “É um mecanismo que regula as escolhas e as preferências das pessoas, já que, devido a uma espécie de pressão social, indica-lhes aquilo que devem consumir, utilizar, usar ou fazer”. Equipe editorial/conceito de moda. Este conceito é muito amplo, ele engloba vestuário, música, gastronomia, lugares turísticos, arquitetura, mobiliário, automóveis, entre outros, o objetivo desta publicação é focar no referente a vestuário, mas especificamente roupas.
A roupa é um elemento fundamentalmente humano, ela expressa, comunica, junta as pessoas e as identifica. “Vestimos o que está dentro de nós. (…) Alcântara (1996). A identidade é característica fundamental do homem social: seu nome, sua data de nascimento, sua raça, sua nacionalidade. Porém, seu cartão de apresentação, muitas vezes, está na forma como a pessoa se veste. Por isso, moda e identidade caminham juntas. Com relação ao estilo, ou quando usamos a expressão, “pessoa estilosa”, estamos nos referindo a uma pessoa que se veste bem com roupas que estão na moda, ou não. Há 7 estilos universais:
- Natural Esportivo.
- Tradicional.
- Elegante.
- Romântico.
- Criativo.
- Sexy.
- Dramático Urbano.
Quando perguntamos se os idosos são público-alvo dos criadores de moda, a resposta, infelizmente, é não. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a projeção para o censo de 2020 (que não aconteceu devido à pandemia e depois à falta de verbas destinadas com esse fim) a população com 60 anos ou mais será de 37,7 milhões (17,78%). Segundo estas pesquisadoras “Além de viverem mais e estarem inserindo-se dentro do mundo das novas tecnologias, na área de moda são poucas as marcas que desenvolvem suas peças pensando neste consumidor. Começando pela modelagem, que tem de se adaptar a um corpo diferenciado, Sant’Anna e Barros (2013), apontam as mudanças: tronco mais curto, cintura expandida, curvaturas da coluna acentuadas, busto baixo, ombros arcados e movimentos muitas vezes limitados por causa de saúde. Outro ponto a ser levado em conta é a noção de beleza e elegância desse público, que deve ser respeitada, mas trazida a um contexto atual, uma lógica característica à moda”. (MARTINEZ, 2014). Ou seja, os criadores de moda estão perdendo ao não prestarem atenção a esses dados, porque o público idoso consome tanto quanto qualquer outro público e tem mais, eles reagem aos apelos de marketing em função da sua idade percebida, que muitas vezes é menor do que sua idade cronológica, eles gastam mais, eles vão a shoppings onde procuram informação sobre tendências, ou seja, o segmento da população idosa não deve ser ignorado como mercado de consumo, tão pouco tratado de forma homogêneo (BORTOLLI).
Equipe editorial de Conceito de (7 de março de 2013). Conceito de moda. Conceito.de. https://conceito.de/moda
ALCÂNTARA, Mamede de. Terapia pela roupa. São Paulo: Mandarim, 1996.
MARTINEZ, A.; IMPROTA C., A moda após os 60 anos. In: Colóquio de Moda, 10 ed., 2014, Caxias do Sul. Anais.
BORTOLI ZULLI, N. de; O Consumo de Moda como fator de Identidade na Terceira Idade, Trabalho de Conclusão de Curso, 2012
Infelizmente a pandemia não acabou. Mesmo com a flexibilização do uso de máscara em lugares públicos. Continuem seguindo as orientações, lave sempre as mãos, use máscara quando sair de casa. Não deixe de se vacinar. Apenas juntos conseguiremos sair dessa.
Um abraço do time do Com Tudo 50+
Com Tudo 50+ 