Os especialistas internacionais classificam as formas de abuso em alguns tipos: abuso emocional ou psicológico, exploração financeira, abuso físico, sexual e o comportamento negligente. Pode, portanto, assumir muitas formas diferentes e não é incomum que os idosos sofram vários tipos de abuso ao mesmo tempo.
O abuso emocional
O Centro Internacional sobre o Envelhecimento – uma instituição que reúne estudiosos de Espanha e Portugal – informa, por exemplo que nas situações de abuso emocional, ou psicológico, “os agressores podem ridicularizar, humilhar, culpar, gritar ou ameaçar as suas vítimas”. Podem também empregar comportamentos como rejeição, não oferecer afeto, não se abrir ao diálogo, permanecendo em silêncio ou mostrando-se desinteressado frente a pedidos de ajuda, negando-se inclusive a tentativas de reconciliação.
Tal comportamento, odioso em si, pode ainda ser uma forma premeditada do agressor de fragilizar ainda mais o idoso, intimidando-o ou pressionando-o “a fazer algo que vá contra os seus desejos ou interesses”, que bem pode significar outros abusos em vista: sexuais, financeiros, físicos ou diversas formas de negligência para com a qualidade de vida do idoso.
Haveria uma razão para que as pessoas que ao longo de suas vidas construíram o mundo de hoje – com suas belezas e imperfeições – viessem a ser descartadas, esquecidas, vilipendiadas?
Nesses dias – abril de 2020 – em que enfrentamos uma ameaça tão séria à saúde em todo o nosso planeta, dias em que estamos vivenciando uma condição geral de diminuição do deslocamento territorial das pessoas, torna-se muito provável que vítima e agressor estejam confinados num mesmo ambiente residencial ou institucional, em tempo integral. As autoridades públicas e sociais têm alertado para o possível aumento dos casos de agressão a idosos, assim como alertado também para a maior dificuldade destes em pedir ajuda.
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