A humanidade está passando por uma pandemia. A espécie humana já enfrentou várias epidemias. A todo tempo, os seres vivos são alvo de agentes patogênicos e, até hoje, o que impede muitos dos males que eles podem provocar é o nosso sistema imunológico. Só que nosso sistema imunológico sozinho, às vezes, não vence essa batalha, devido a características do próprio agente patogênico ou até mesmo devido a alguma fragilização do sistema imunológico.
O homem, como já falamos em posts anteriores, está constantemente buscando melhorar a sua qualidade de vida. Um dos caminhos nesse sentido é procurar medicamentos e vacinas.
A palavra vacina vem do latim vaccinae (da vaca). Talvez a história nos ajude a entender melhor essa tecnologia, lembrando-nos que foi o inglês Edward Jenner que, pela primeira vez, em 1796, conteve o avanço da varíola em humanos contaminando-os com uma forma de varíola bovina. Observou que as pessoas desenvolviam essa forma branda, curavam-se e tornavam-se imunes à forma mais grave da varíola, que, estima-se, vitimava mortalmente mais de 400 mil pessoas ao ano. Surgiu o termo ‘vacinar’, como uma técnica de produzir a imunização contra doenças.
É importante salientar a diferença entre vacinar e imunizar: vacinar é o ato de administrar a vacina; imunizar é o processo de desenvolver uma resposta imunológica adequada a um antígeno por meio da vacinação, dizem os especialistas.
As descobertas em torno das vacinas, possibilitadas pelo progresso nas áreas de biologia molecular e imunologia, ampliam cada vez mais a proteção à saúde humana.
O Brasil apresenta um retrospecto muito favorável nesse campo, é tido como referência mundial. A Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan são os produtores de insumos imunobiológicos.
Assim, nestes momentos de COVID-19 a esperança de uma resposta imunológica para essa doença – entenda-se, que previna a doença – está toda centrada na descoberta de uma vacina. O Instituto Butantan acaba de firmar uma parceria com uma empresa chinesa chamada Sinovac Biothech. Esta vacina foi desenvolvida na China; já passou pela Fase 1 de testes clínicos, envolvendo 144 pessoas, e está agora na Fase 2, com 600 voluntários em processo de acompanhamento, segundo informações divulgadas pelo governo do Estado. Essas duas etapas iniciais servem, principalmente, para avaliar a segurança do produto. Se essa segurança for comprovada, a ideia é que a Fase 3 — envolvendo um número bem maior de pessoas, e mais voltada para eficácia — seja realizada no Brasil, com 9 mil voluntários.
Outra vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e incorporada pela indústria farmacêutica AstraZeneca, também será testada no Brasil, em parceria com o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); já em Fase 3, com 2 mil voluntários.
Segundo a OMS existem mais de 130 estudos científicos em andamento em todo o mundo, focados em diversos aspectos da doença: como surgiu, como se instala no ser humano, como é transmitida, como prevenir-se, possíveis tratamentos – inclusive os medicamentosos -, desenvolvimento de vacinas, dentre outros aspectos. Os especialistas atestam que a fase de produção e comercialização das vacinas que estão em fase de ensaios clínicos pode demorar ainda de 12 a 18 meses.
Até lá vamos a manter as recomendações de: distanciamento social, uso de máscara e lavar as mãos.
E ainda tem quem negue…
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