O que é telemedicina? Telemedicina é definida como a prática médica realizada por meio de tecnologias.
Como se aplica? Se aplica tanto na assistência, como na prevenção na saúde, na pesquisa, na educação e na promoção da saúde.
Este é um tema que o Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil, vem discutindo e aprimorando há pelo menos 20 anos. Devido à quarentena, o CFM tomou medidas de imediato para que o atendimento remoto seja permitido – ainda que só enquanto durasse o estado de calamidade pública, que o governo decretou em março – porém, pode ser que ela veio para ficar.

Seria muito promissor que essa prática, devidamente regulamentada, permaneça entre nós porque isso aproximaria a excelência dos grandes centros para comunidades, municípios, regiões mais afastadas. Por exemplo, uma pessoa, que mora em Rondônia e que precisa consultar um especialista que não tem em Porto Velho e que para isso deve deslocar-se até Cuiabá ou, pior ainda, até São Paulo, poder fazer essa consulta on-line não só facilitaria como poderia salvar muitas vidas. Sempre lembrando que, receitas, pedidos de exame e atestados só podem ser liberados se o médico estiver cadastrado no conselho regional do domicílio do paciente.
Exemplos não faltam, imaginem uma pessoa com doenças crônicas, que é tratada no Hospital das Clínicas no centro de São Paulo e tem que vir para controle uma vez por semana, sendo que ele mora no Jardim Ângela, bairro afastado do centro. O tempo gasto com o transporte, além do custo da passagem, tudo isso pode ser economizado através de um teleacompanhamento.
A telemedicina existe há muito tempo. O primeiro país a adotá-la foi os Estados Unidos. Isso aconteceu em 1960, quando o Instituto Psiquiátrico de Nebraska se conectou ao Hospital de Norfolk, a 180 km de distância, por meio de um circuito fechado de TV. A Nasa, que tinha usado essa prática com os astronautas que foram na Apolo XI em 1969, depois começou a implementá-la em terra em 1972. Segundo um artigo da revista Super Interessante, em 1989, depois de um grande terremoto na Armênia, então parte da URSS, os americanos ofereceram essa tecnologia aos russos – que aceitaram, e permitiram que ela fosse usada para conectar especialistas americanos a médicos e feridos em Yerevan, cidade no oeste do país.
Naquela época, não existia ainda a internet, eram projetos muito pontuais, a partir da popularização e avanço da tecnologia, do alcance das mesmas esta prática se torna cada vez mais fácil de ser alcançada. Ou seja, podemos ter a medicina dentro de casa.
Devido a essa grande disseminação, existem aplicativos para dar nota à qualidade dos serviços prestados por médicos. Outra pergunta que se faz é a seguinte: o preço das consultas vai diminuir? Aqui no Brasil, não se sabe se essa práxis vai baratear as consultas. O que se sabe é que os especialistas NÃO vão abaixar o preço da sua consulta.
O que podemos afirmar é que a pandemia acelerou o processo da telemedicina. E esperamos que com boa vontade, tanto do paciente como do médico, com os recursos que temos a disposição, a saúde chegará a todos e de uma forma segura.
SE PUDER, FIQUE EM CASA.